UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - CAMPUS VIII COLEGIADO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
CURRICULAR: HISTÓRIA E CULTURAS INDÍGENAS PRÉ E PÓS
COLONIAL
DOCENTE: JÚNIOR CÁ ARFER JURUM TUXÁ
DISCENTE: MARIA DOMINGAS DE JESUS
CATEQUESE
E POVOS INDÍGENAS NA BAHIA COLONIAL
De acordo com o autor Costa e Silva, a catequese foi
um elemento fundamental da expansão marítima portuguesa no período moderno. Seu
principal objetivo era expandir a fé combatendo as religiões, modificando as
culturas nativas dos povos originários dos continentes asiático, africano e
americano, consolidando a presença cristã, isto é, europeia, nos quatro cantos
do mundo, sem excluir as diversas motivações em jogo, destacou, de inicio, que
a cristianização era também uma dimensão importante do processo de denominação
do indígena, interesses e critérios diversos mesclavam-se, e até mesmo o
cristianiza-lo, apresentava-se também como caminho breve para incorpora-lo.
Segundo Cavalcanti e Maher, o que pretende é em última
instância, educar o índio para que ele deixe de ser índio, o objetivo é fazê-lo
abdicar de sua língua, de suas crenças e de seus padrões culturais e
incorporar, assimilar os valores e comportamentos, inclusive linguístico da
sociedade não indígena. Inicialmente, tentou-se atingir tal objetivo através
das orientações fornecidas pelo modelo assimilacionista de submersão, onde as
crianças indígenas eram retiradas de suas famílias, de suas aldeias e colocadas
em internatos para serem catequizadas, para aprender português e seus costumes,
enfim, para "aprenderem a ser gente", porque o que se acreditava é
que os costumes e crenças indígenas não correspondiam aos valores da modernidade.
Raphael Bluteau cita que além de serem chamados de “índios
(em função do erro cometido pelos navegadores europeus) os povos nativos do
continente americano receberam também a denominação de “gentios”, ou seja, eram
vistos pelos europeus como povos que não possuem religião”.
Segundo Rubert os primeiros missionários que tiveram contato
com os povos indígenas no território que viria a fazer parte do Brasil foram os
franciscanos, que acompanharam a expedição comandada por Pedro Alvares Cabral
em 1500. Outros religiosos da ordem seráfica passaram por essas terras nos anos
seguintes além de padres seculares, mas apenas em 1549, com o envio dos
primeiros jesuítas para a Bahia, estruturou-se efetivamente um projeto
missionário para o Brasil.
Leite, Viveiros de Castro relata que os primeiros jesuítas
enviados ao Brasil vieram junto com o primeiro governador geral da colônia Tomé
de Sousa (1549-1553). O superior da missão era o padre Manoel da Nóbrega, que
se tornou também o primeiro provincial da companhia de Jesus no Brasil, a
partir de 1553. A organização da província coincidiu com a ordenação do próprio
método missionário, pois os jesuítas não desembarcaram na Bahia com uma
abordagem definida sobre como lidar com os índios. De início, tentaram
convertê-lo por meio da pregação e da presença itinerante nas comunidades.
Fizeram esforços notáveis no tocante ao aprendizado da língua e á apropriação
das técnicas nativas de oratória e liderança. No entanto, embora os índios se
mostrassem propensos a aceitar o batismo, não se rendia facilmente aos costumes
europeus. Para que se tornassem efetivamente cristãos, algo mais seria necessário.
RESUMO CRITICO REALIZADO POR:
MARIA DOMINGAS DE JESUS